quarta-feira, 24 de novembro de 2010

ONDE SE LOCALIZA O TEMPLO DO SENHOR

Em nossa cultura "cristã", seja evangélica ou católica o templo é o centro da religiosidade. São tantos templos que confundem qualquer cristão. Alguém já se perguntou o que é templo, de onde vem, como surgiram os primeiros, que conexão tem com cristianismo?
Segundo o livro "A Cidade Antiga", o templo foi primeiramente o túmulo dos heróis e o altar era aquela parte em cima do túmulo, ou aquela parte que ficava acima do túmulo do lado da cabeça morto, onde eram feitas as oferendas. Depois começaram a erguer pequenas construções sobre o túmulo, o que hoje se denomina jazigo. Entre as oferendas estavam os alimentos, roupas, armas e até pessoas (escravos, serviçais e esposas) para os mortos.Quando os judeus saíram do Egito eles deveriam entrar na terra da promessa em poucos dias e não havia nada sobre templo.Havia uma terra e um povo. Este povo se rebelou, foi pro deserto continuou rebelde e adorou um bezerro como aprendeu entre os egipcios. Resultado, Deus mandou Moisés erguer o Tabernáculo, um templo móvel com o objetivo de unificar o povo. Entretanto, como era só um Deus para um povo, considerando que este Deus é único, e que estavam construindo uma casa para ele, esta casa é única. O povo judeu sempre reconheceu um único templo como casa de Deus, o templo de Jerusalém que teve sua origem no tabernáculo.
Hoje, qualquer um abre uma portinha escreve na parede e tem um templo. Parece brincadeira diante da seriedade que foi o templo de Jerusalém. Aquele templo foi construído de acordo com a prescrições do próprio Deus, não foi uma aventura de Moisés. Não foi resultado de uma briga com Aarão ou Miriã disputando quem vai mandar no templo. Mesmo por que sabiam que há um único Deus e mora numa única casa. Não ousariam construir de própria vontade um templo pra Deus, basta lembrar que os filhos de Aarão foram consumidos pelo fogo do altar por muito menos. Eles sabiam que uma casa para Deus é coisa séria, não essa bagunça generalizada que chamam de templo.
O Cristianismo não tinha templo até que a mãe de Constantino ergueu o primeiro templo em 367 d.C.. Cristo jamais falou sobre templos cristão, os apóstolos também não. Tanto Cristo quanto os   apóstolos ensinaram que o templo é dentro de cada cristão. É ali o lugar da adoração. Veja só: "19   Senhor, disse-lhe a mulher, vejo que tu és profeta. 20   Nossos pais adoravam neste monte; vós, entretanto, dizeis que em Jerusalém é o lugar onde se deve adorar. 21   Disse-lhe Jesus: Mulher, podes crer-me que a hora vem, quando nem neste monte, nem em Jerusalém adorareis o Pai. 22   Vós adorais o que não conheceis; nós adoramos o que conhecemos, porque a salvação vem dos judeus. 23   Mas vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores. 24   Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade." (Jo 4.19-24).
Infelizmente esta visão de um templo como um local de reunião criou graves distorções  no modo de vida e na fé dos cristãos. Criou um modo de vida dualista, dividido entre um viver profano no dia a dia e um dia ou horas dedicados a Deus para adorar em sua "casa". Deus habita em sua casa que é o coração de seus filhos  ("Entretanto, não habita o Altíssimo em casa feitas por mãos humanas; como diz o profeta: O céu é o meu trono, e  a terra, o estrado dos meus pés,; que casa me edificareis, diz o Senhor, ou qual é o lugar do meu repouso? Não foi a minha mão que fez todas as coisas?" Estevão At. 7.48-50 e "Acaso não sabeis que o vosso corpo é santuário(templo) do Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes por parte de Deus, e que não sois de vós mesmos?" Paulo I Co. 6.19) e deve ser adorado sem cessar. Lembremos que a prescrição aos levitas era que o fogo no altar jamais devia se apagar. Adoração é muito mais do que alguns momentos de reflexão ou de frenesi , é um modo de vida. É viver com gratidão cada momento de minha e de sua vida, considerando uma dádiva de Deus. É reconhecer que apesar de eu ser indigno da presença de Deus, Ele decidiu habitar em meu coração e compartilhar comigo sua infinta graça e misericórdia, o resto é só cimbalo que retine. Quem tem ouvidos ouça!

domingo, 14 de novembro de 2010

NA PRESENÇA DE DEUS

As sementes do paganismo são fortes entre aqueles que se denominam cristãos. Desde que Constantino se declarou convertido ao cristianismo, obviamente para consiolidar, ainda que por apenas um pouco mais de tempo o poder do Império Romano, o paganismo se introduziu com grande poder no "cristianismo". Basta um estudo, ainda que superficial sobre a decadência do Império Romano no período histórico de constantino para perceber que sem o "cristianismo" este império teria se desintegrado ali mesmo. Então, por conveniência, se tornou cristão. Vou transcrever aqui um texto da wikipédia, Vejamos: 
O fato de Constantino ser um imperador de legitimidade duvidosa foi algo que sempre influiu nas suas preocupações religiosas e ideológicas: enquanto esteve diretamente ligado a Maximiano, ele apresentou-se como o protegido de Hércules, deus que havia sido apresentado como padroeiro de Maximiano na primeira Tetrarquia; ao romper com seu sogro e eliminá-lo, Constantino passou a colocar-se sob a proteção da divindade padroeira dos imperadores-soldados do século anterior, Deus Sol Invicto, ao mesmo tempo que fez circular uma ficção genealógica (um panegírico da época, para disfarçar a óbvia invenção, falava, dirigindo-se retoricamente ao próprio Constantino, que se tratava de fato "ignorado pela multidão, mas perfeitamente conhecido pelos que te amam") pala qual ele seria o descendente do imperador Cláudio II - ou Cláudio Gótico - conhecido pelas suas grandes vitórias militares, por haver restabelecido a disciplina no exército romano, e por ter estimulado o culto ao Sol.[7]
Constantino acabou, no entanto, por entrar na História como primeiro imperador romano a professar o cristianismo, na seqüência da sua vitória sobre Maxêncio na Batalha da Ponte Mílvio, em 28 de outubro de 312, perto de Roma, que ele mais tarde atribuiu ao Deus cristão. Segundo a tradição, na noite anterior à batalha sonhou com uma cruz, e nela estava escrito em latim:
Cquote1.svg In hoc signo vinces Cquote2.svg
"Sob este símbolo vencerás"
De manhã, um pouco antes da batalha, mandou que pintassem uma cruz nos escudos dos soldados e conseguiu um vitória esmagadora sobre o inimigo. Esta narrativa tradicional não é hoje considerada um fato histórico, tratando-se antes da fusão de duas narrativas de fatos diversos encontrados na biografia de Constantino pelo bispo Eusébio de Cesaréia.
No entanto, é certo que Constantino era atraído, enquanto homem de estado, pela religiosidade e pelas práticas piedosas - ainda que se tratasse da piedade ritual do paganismo: o Senado Romano, ao erguer em honra a Constantino o seu arco do triunfo, o Arco de Constantino, fez inscrever sobre este que sua vitória devia-se à "inspiração da Divindade"(instinctu divinitatis mentis), o que certamente ia de encontro às idéias do próprio imperador. Até um período muito tardio de seu reinado, no entanto, Constantino não abandonou claramente sua adoração com relação ao deus imperial Sol, que manteve como símbolo principal em suas moedas até 315.

Cristograma de Constantino
Só após 317 é que ele passou a adotar clara e principalmente lemas e símbolos cristãos,[8] como o "chi-rô", emblema que combinava as duas primeiras letras gregas do nome de Cristo ("X" e "P" superpostos). No entanto, já quando da sua entrada solene em Roma em 312, Constantino recusou-se a subir ao Capitólio para oferecer culto a Júpiter, atitude que repetiria nas suas duas outras visitas solenes à antiga capital para a comemoração dos jubileus do seu reinado, em 315 e 326.[9]
A sua adoção do cristianismo pode também ser resultado de influência familiar. Helena, com grande probabilidade, havia nascido cristã e demonstrou grande piedade no fim da sua vida, quando realizou uma peregrinação à Terra Santa, localizou em Jerusalem uma cruz que foi tida como a Vera Cruz e ordenou a construção da Igreja do Santo Sepulcro, substituindo o templo a Afrodite que havia sido instalado no local - tido como o do sepultamento de Cristo - pelo imperador Adriano.
Mas apesar de seu batismo, há dúvidas se realmente ele se tornou cristão. A Enciclopédia Católica diz: "Constantino favoreceu de modo igual ambas as religiões. Como sumo pontífice ele velou pela adoração pagã e protegeu seus direitos." E a Enciclopédia Hídria observa: "Constantino nunca se tornou cristão". No dia anterior ao da sua morte, Constantino fizera um sacrifício a Zeus, e até o último dia usou o título pagão de Sumo Pontífice. E, de fato, Constantino, até o dia da sua morte, não havendo sido batizado, não participou de qualquer ato litúrgico, como a missa ou a eucaristia. No entanto, era uma prática comum na época retardar o batismo, que era suposto oferecer a absolvição a todos os pecados anteriores - e Constantino, por força do seu ofício de imperador, pode ter percebido que suas oportunidades de pecar eram grandes e não desejou "desperdiçar" a eficácia absolutória do batismo antes de haver chegado ao fim da vida.[10]
Qualquer que tenha sido a fé individual de Constantino, o fato é que ele educou seus filhos no cristianismo, associou a sua dinastia a esta religião, e deu-lhe uma presença institucional no Estado romano (a partir de Constantino, o tribunal do bispo local, a episcopalis audientia, podia ser escolhida pelas partes de um processo como tribunal arbitral em lugar do tribunal da cidade[11]). E quanto às suas profissões de fé pública, num édito do início de seu reinado, em que garantia liberdade religiosa, ele tratava os pagãos com desdém, declarando que lhes era concedido celebrar "os ritos de uma velha superstição".[12]
Esta clara associação da casa imperial ao Cristianismo criou uma situação equívoca, já que o cristianismo tornou-se a religião "pessoal" dos imperadores, que, no entanto, ainda deveriam regular o exercício do paganismo - o que, para um cristão, significava transigir com a idolatria. O paganismo retinha ainda grande força política - especialmente entre as elites educadas do Ocidente do Império - situação que só seria resolvida por um imperador posterior, Graciano, que renunciaria ao cargo de Sumo Pontífice em 379 - sendo assassinado quatro anos depois por um usurpador, Máximo. Somente após a eliminação de Máximo e de outro usurpador pagão, Eugênio, por Teodósio I é que o cristianismo tornar-se-ia a única religião legal (395).
O imperador romano Constantino influenciou em grande parte na inclusão na igreja cristã de dogmas baseados em tradições. Uma das mais conhecidas foi o Édito de Constantino, promulgado em 321, que determinou oficialmente o domingo como dia de repouso, com exceção dos lavradores- medida tomada por Constantino utlizando-se da sua prerrogativa de, como Sumo Pontífice, de fixar o calendário das festas religiosas, dos dias fastos e nefastos (o trabalho sendo proibido durantes estes últimos).[13] Note-se que o domingo foi escolhido como dia de repouso, não apenas em função da tradição sabática judaico-cristã, como também por ser o "dia do Sol" - uma reminiscência do culto de Sol Invictus.
Apesar de ser um texto longo, julgo-o um tanto esclarecedor. Gostaria que você leitor, com paciência tivesse o carinho de le-lo todo com bastante atenção. Há muito o que refletir aqui.
O que gostaria de ressaltar quanto ao que afirmei no título é que, de acordo com as crenças pagãs antigas, ou como se pronuncia entre os adeptos do paganismo moderno, a fé dos antigos ou a fé antiga, é que somente pessoas especiais, iniciadas em conhecimentos desta fé, que se cerca de práticas que garantam uma vida pura podem se aproximar de Deus. Estes seres estão presentes nas idéias humanas a muito tempo, na verdade a milênios. Os gregos antigos os chamavam demiurgos, outros povos chamavam de feiticeiro, xamã, bruxo ou bruxa, médium, druída ou outro termo correlato. O fato é que para todas estas religiões pagãs há sempre um elemento que por suas práticas religiosas consegue manter uma relação privilegiada com a divindade.
Aquilo que chamamos de cristianismo hoje, lança mão dos mesmo recursos para conseguir o favor de Deus. A grande maioria acredita que é possível ao homem agradar a Deus com suas ações, mesmo que encontremos muitos textos na bíblia que afirmam o contrário, como podemos conferir: "Ora a comida não nos faz agradáveis a Deus, porque, se comemos, nada temos de mais e, se não comemos, nada nos falta. (I Coríntios8.8)." "Para louvor e glória da sua graça, pela qual nos fez agradáveis a si no Amado,(Efésios1.6)." "Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo. (I Pedro2.5)."
Percebemos por estes textos que não podemos fazer nada para agradar a Deus, ele nos tornou agradáveis a si no Amado, é através de Cristo que o homem pode agradar a Deus. Como já havia escrito o profeta Zacarias "E respondeu-me, dizendo: Esta é a palavra do SENHOR a Zorobabel, dizendo: Não por força nem por violência, mas sim pelo meu Espírito, diz o SENHOR dos Exércitos.(4.6)." Embora não fosse este o assunto naquele momento histórico é sempre assim, por que tudo o que nos aproxima de Deus só é possível pela graça de Deus. 
Jesus deixa isso mais claro durante sua jornada entre nós. Ele andou com os pecadores, comeu com eles, abençoou-os e usou como objeto quase que constante de suas mensagens. O pecador sabe que depende da graça de Deus, o "santo" julga-se merecedor da "graça", o que é um tremendo contrasenso. Se merecemos já não é graça. Deus se aproxima do homem pela graça, plena e absoluta graça. Quando o homem pensa que está agradando a Deus e pode então pedir, exigir, reivindicar, cobrar ou qualquer termo semelhante, ele age não como cristão, mas sim como um bruxo, feiticeiro ou druída. O cristão verdadeiro é aquele que sabe que é pecador e por sua miserável (Rm 3.9-18;7.14-25) condição resta apenas a humilde atitude de um dependente absoluto da graça maravilhosa de Deus. De seu perdão incondicional a cada passo, de seu amor inexplicável, de sua louca paixão por estas criaturas miseráveis e rebeldes. "Semelhantemente vós jovens, sede sujeitos aos anciãos; e sede todos sujeitos uns aos outros, e revesti-vos de humildade, porque Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes. Humilhai-vos, pois, debaixo da potente mão de Deus, para que a seu tempo vos exalte; Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós.(5.5-7)." Quem tem ouvidos, ouça.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Por que existo?

    Nasci em uma família pobre de São Joaquim da Barra, interior de São Paulo. Uma tia minha conta que quando nasci não havia em casa um grão de alimento, ela tinha oito anos de idade e tomou a decisão de sair até o centro da cidade e pedir ajuda. A população se dispôs a ajudar a ela conseguiu arrecadar alimentos que não conseguia carregar, portanto sou um homem que já nasceu devendo. Já nasceu em dificuldade e sofrimento e tem vivido, em boa parte destes elementos. Porém, estes elementos me forjaram para ser a pessoa que sou, pois foram eles que Deus usou para preparar como mensageiro de uma mensagem tão difícil de transmitir.
    Quando consigo me lembrar de quem eu sou, minhas primeiras lembranças, já são de um lugar, uma fazenda chamada Naninho, que era propriedade de um senhor chamado Adelino, nas proximidades de um vilarejo chamado Capelinha, na rodovia que vai de Franca para Barretos. Meus pais já haviam se separado, como foi antes, não me lembro. Lembro que meu pai morava com sua nova mulher chamada Mercedes num dos cômodos da tapera, um casarão abandonado na fazenda e cedido a nós pelo senhor Adelino. Meu pai se mudou com sua nova esposa e ficamos eu e um irmão mais velho do que eu com meus avós.
      Crescemos enfrentando grandes dificuldades, falta de roupas (geralmente tinhamos roupas ganhadas de outras pessoas muitas vezes maiores ou menores do que nós), calçados (que às vezes nós apertavam os pés por serem menores, outras vezes, tinhamos que encher o bico com jornais velhos para preencher), de comida (me lembro quando nossa refeição foi uma gibóia, outro dia um gambá, e outros animais silvestres que dessem sopa, porém o dia mais dramático foi, quando minha avó lavou um pouco da lavagem dos porcos que ajuntava para um fazendeiro e refogou novamente para jantarmos), materiais escolares (éramos sempre alunos da "caixa") e de dinheiro, nem se fala. Minha avó nos sustentava com lavagem de roupas para outras famílias e meu avô que havia sofrido derrame, pedia esmolas nas ruas da cidade.
       Quando comecei a trabalhar, nem pensava em ter meu dinheiro, a família necessitava dele e eu nem sentia falta. Apenas, quando queria ir ao cinema,era meu vício, já que não tínhamos tv. Aprendi cedo que Deus era um Deus de provisão. Vivia achando dinheiro na rua para ajudar em casa. Não me esqueço que na adolescência eu queria ir ao cinema e minha avó, possivelmente por dó, pediu emprestado a um vizinho o que seria hoje R$ 3,00 para eu poder ir. Não me senti muito à vontade com a atitude dela. Fui me sentindo incomodado, mas recusar a ir depois do sacrifício que ela fizera me pareceu mais incomodo ainda. Quando voltei, próximo a uma parede havia um volume de notas dobradas; R$ 33,00. Minha avó pode devolver no dia seguinte os R$ 3,00 reais e ainda sobrou R$ 30,00 para ajudar em casa. Deus não nos promete riquezas, para mim isso é tolice. O mundo pertence a Deus. Diz o salmo 24.1 "Ao Senhor pertence a terra e tudo o que nela se contém, o mundo e os que nele habitam". A presunção humana leva-nos a nos apossar daquilo que não nos pertence para explorar e oprimir nossos semelhantes. As pessoas dizem se Deus é bom por que a tanta miséria? Deus fez o suficiente para todos, porém a ganância de poucos aliada a ignorância de muitos faz com que a miséria e a injustiça cresça sem medida. Cada um de nós, de alguma maneira, por ação ou omissão promovemos a injustiça, a fome e a miséria e temos a petulância de acusar Deus. Quando vejo "homens de Deus" induzindo fiéis a acumulação de riquezas para mostrar a glória de Deus, sinto vergonha, pois é exatamente o que Deus não deseja, que poucos tenham muito e muitos tenham pouco. Sei que tudo o que acontece é por permissão dele, entretanto, isso não nos exime de  nossa culpa por sermos quem somos: raça de víboras.
         Me encontrei com Jesus na minha adolescêcia. Numa reunião da CEB (Comunidade Eclesial de Base). Não tinha nem idéia de onde estava me envolvendo, mas Deus que tudo sabe dirigia a minha vida, assim como está no salmo 139.16: "Os teus olhos me viram a substância ainda informe, e no teu livro foram escritos todos os meus dias, cada um deles escrito e determinado quando nenhum deles havia ainda". Ele guiou os meus passos naquele lugar.  Jesus se revelou a mim numa noite de oração em frente ao sacrário. Quando falei com ele senti que alguma coisa começou a mudar profundamente em meu coração. Foi como se apaixonar, o mundo parecia diferente, as pessoas pareciam diferentes, tudo a minha volta parecia cintilar com luzes que enchiam meu interior de alegria e paz. Dias depois comprei uma bíblia e comecei uma caminhada em busca da verdaede. Em pouco tempo vi que a verdade da bíblia não conferia com a verdade pregada pela religião que eu pertencia. Não sai correndo em busca da verdade em outro lugar. Comecei a indagar ali mesmo por que a discrepância entre os textos bíblicos e o ensino da igreja. Na maioria das vezes os padres concordavam com meu ponto de vista, mas diziam que seus ensinos não se baseavam só na bíblia mas também nas tradições. Qualquer pessoa que tenha o hábito de ler a bíblia sabe que Jesus reprovou a tradição como elemento de fé inúmeras vezes e foi severo ao classificar como hipocrisia. Continuei por mais três anos dentro do catolicismo indagando e examinando as escrituras. 
          Quando deixei o catolicismo não tinha idéia de ir a lugar nenhum, tinha apenas uma determinação que havia colocado diante de Deus. Não deixaria que atradição, fosse qual fosse usurpasse o lugar da verdade em minha vida. Deixo claro aqui que não quero ser um paladino da verdade, eu quero estar em paz com Deus e com todos os homens, e me orientar pela verdade, e cada pessoa faça com ela o que lhe aprouver, não sou e nem pretendo ser juíz de ninguém por que sei que o único ser que possui tal direito é Deus.
           Fora do catolicismo me envolvi numa igreja que havia surgido de uma cisão da Igreja Metodista do Brasil, que se tornou Igreja Metodista Renovada em Ribeirão Preto e uma nova cisão em Franca se tornou Comunidade Evangélica de Franca, que após uma intervenção do "apóstolo" César Augusto de Goiânia se tornou Ministério Comunidade Cristã. Neste último estágio eu já havia me filiado à igreja Presbiteriana do Brasil, onde fiquei por uns 16 anos e servi como evangelista por uns 4 anos. Muito do que pretendo compartilhar nesta caminhada com aqueles que quiserem andar comigo é fruto de todo este tempo conhecendo os homens e Deus e observando para aprender e espero que minhas palavras possam ser úteis para aqueles que desejam este encontro com a verdade. Aproveito para esclarecer que a verdade para mim não é um conceito filosófico ou racional o qual eu tenha obtido por mérito ou esforço. É apenas a manifestação da graça de Deus sobre mim aliada a responsabilidade de colocar meu candeeiro no velador. Que Deus possa abençoar sua vida e a minha com esta graça maravilhosa e quem tem ouvidos, ouça.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Pessoas X Coisas

Fico espantado ao perceber quanto o dinheiro e as riquezas têm influenciado no relacionamento das pessoas! Quando eu era criança ouvia muito afirmativas como: "fulana encontrou um bom marido, sujeito trabalhador, boa gente." ou "Fulana se deu bem no casamento, o Fulano é muito educado, trabalhador, é gente boa".
Fica evidente que o que tinha a se considerar na relação homem/mulher, marido e esposa eram as virtudes e bom caráter das pessoas envolvidas. Os elogios acima se referiam tanto a homens como às mulheres. O foco era o ser humano.
Hoje fica cada vez mais evidente que o ditado demoníaco de que "quando a necessidade entra pela porta o amor sai pela janela" se torna a regra nos relacionamentos conjugais. Não há sabedoria alguma neste infeliz ditado, há apenas a manifestação tácita, clara, de que as pessoas estão perdendo o valor na relação. O casamento, assim como a maioria das relações humanas, estão cada vez menos humanas. Estão cada vez mais capitalistas e e menos humanistas.
Esta forma de pensamento impregna tudo o que se vê.  Em todas as áreas da sociedade, seja na política, na escola, na igreja, na família ou em qualquer outro lugar, o indivíduo é medido pela quantidade de bens que possui, ou pela grandiosidade da conta bancária.
No filme "a procura (ou busca) da felicidade" traz uma mensagem positva quanto à persistência do personagem até atingir o objetivo, porém, a mensagem empobrece terrivelmente quando foca que sua vitória foi conquistar muito dinheiro e fama com seu trabalho. Na verdade, o final é uma exaltação do ufanismo norte americano, uma reafrimação de que ali é a terra das oportunidades e que todo indivíduo pode atingir o "american dream", o grande sonho americano. Como se não soubéssemos todos que lá como em qualquer parte do mundo há um enorme exército de famintos, abandonados e desprezados pelo sistema, que vivem à margem dele, mais maltratados do que os cãezinhos das madames fúteis que chegam fazer festas de casamento para seus animaizinhos com cerimônias milionárias. O que é pior, é que essa horda de ignorantes sequer tem a consciência que o dinheiro gasto com tanta futilidade sai do trabalho de gente que, muitas vezes não consegue  fazer um bolo de aniversário para seus filhos. Tanto liberais quanto neo-liberais e marxistas afirmam que a única fonte de renda de um povo é o trabalho. Sem o trabalho todos os bens deterioram. É evidente que o acúmulo de capital é injusto por que é resultante da exploração do trabalho alheio. Não estou dizendo nada novo, apenas lembrando o que o apóstolo Tiago já havia escrito: " Agora, ricos, escutem ! Chorem e gritem pelas desgraças que vocês vão sofrer! As suas riquezas estão podres, e as suas roupas finas estão comidas pelas traças. O seu ouro e a sua prata estão cobertas de ferrugem, e essa ferrugem será testemunha contra vocês e, como fogo, comerá o corpo de vocês. Nestes últimos tempos vocês têm amontoado riquezas e não têm pago os salários das pessoas que trabalham nos seus campos. Escutem as suas reclamações! Os gritos dos que trabalham nas colheitas tem chegado até o ouvido de Deus, o Senhor Todo-poderoso. Vocês têm tido uma vida de luxo e prazeres aqui na terra e estão gordos como gado pronto para o matadouro. Vocês têm condenado e matado inocentes, e eles não podem fazer nada contra vocês." Tiago 5.1-6.
Os homens mudaram seus conceitos, Deus porém, continua amando mais aos homens do que as coisas à sua volta e a seu tempo cobrará de cada um o que for devido. Quem tem ouvidos, ouça!

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

O que tem ouvidos...

O que quer dizer?

1- Minha intenção ao usar este espaço é cumprir com minha vocação. Tenho consciência de que fui chamado por Deus para realizar uma missão. Sei que para todos os estudiosos de qualquer formação acadêmica e até mesmo de formação livre, poderão concluir que trato de coisas muito subjetivas e que ser chamado ou não e a validade deste chamado são igualmente subjetivos. Porém, eu tenho levado em consideração exclusivamente minha fidelidade Àquele que me chamou. Eu poderia afirmar que não há nada em nosso universo que não seja subjetivo, apesar de que os estudiosos da área de exatas certamente diriam que eu não sei o que estou dizendo ou que sou só mais um maluco na internet. Seja o que for que você pense, só gaste o seu tempo com meu blog se isto contribuir para o seu crescimento, ou, ao menos para fazê-lo refletir sobre os assuntos que pretendo, com a graça de Deus, expor. Não me julgo maior, menor, mais sábio, ou mais preparado do que qualquer leitor, pelo contrário, sei que sou apenas mais uma pequeníssima fração da criação de Deus como qualquer outro ser humano que respira sobre a terra. Que a sua opinião sobre o que vier ler aqui é importante e pretendo respeitar mesmo quando você não tiver respeito para comigo ou com minhas idéias, que na verdade não julgo minhas, mas são resultados de longas conversas com Aquele que criou todas as coisas. Mas não me sinto especial por conta disso, por que sei que milhões de pessoas tem ouvido Deus da mesma maneira que eu e gostariam de poder compartilhar com outros o que Deus tem revelado a eles. Não creio que Deus se revele a ninguém baseado em méritos como espiritualidade, práticas religiosas ou qualquer outro atributo que confira ao homem merecimento, mas apenas pela Sua infinita graça e misericórdia, sem a qual, eu e você leitor só merece a condenação eterna.
2 - Não pretendo conquistar seguidores nem discípulos. Meu objetivo não é formar um grande exército de seguidores, não é formar uma "igreja", não criar uma nova denominação, não destruir todos os sistemas religiosos, nada disso somente proclamar o que Deus tem me revelado e quem tem ouvido, ouça.
3 - Algumas pessoas acharam por bem se reunir comigo em algumas ocasiões, o que é saudável, porém não pretendo formar nenhuma instituição nem com elas nem com ninguém. Reconheço que juntos podemos nos ajudar e compartilhar nossas experiências com Deus e com o próximo, além de poder exercitar o amor entre nós como parte da grande família de Deus. Entretanto, não ensino que estejamos indo à casa de Deus, por que creio que cada um de nós seja a casa de Deus como encontramos em (At. 17.24-28; I Co 7.19-20); que quando dois ou mais se reúnem em qualquer lugar e qualquer horário, há uma assembléia de Deus reunida, há uma congregação cristã reunida, há uma igreja reunida e Jesus está presente. Sem ritualismos, sem liturgia, sem ministrações, sem hierárquica, somente a doce presença do Espírito Santo unindo vidas a Cristo e uns aos outros. Podemos e devemos ser igreja de Cristo 24 horas, por que estamos em Cristo e isto é para a vida eterna, é um dom irrevogável de Deus (Rm 11.29).
4 - Se você quiser entrar em contato comigo, será um prazer poder compartilhar nossas experiências. Mas, não pretendo discutir assuntos teológicos com ninguém, não pretendo convencer ninguém sobre o que tenho a dizer, não sou dogmático, não creio que se você não conseguir ver as coisas como eu você estará errado. Não quero que tome decisões baseado em qualquer palavra minha, mas que o que quer que resolva fazer de sua vida, busque a orientação segura do Espírito Santo, pois, Ele é o guia da Igreja de Cristo hoje e é o único a quem cabe tal responsabilidade e direito. Submeta cada pensamento e cada decisão a Cristo através do Espírito Santo, este é o único caminho seguro para qualquer cristão. Fico entristecido ao perceber que as pessoas estão buscando sempre alguém que lhes possa dar direção enquanto o Espírito Santo se tornou um personagem, ora distante demais para ser consultado, ora exigente demais para dar atenção a pecadores como eu e você. São mentiras demoníacas que nos vêm travestidas de espiritualidade meus irmãos. Hoje, o Espírito Santo é o Deus Conosco, está sempre presente, até mesmo nos momentos vergonhosos de pecado que cometemos. Ele é Onipresente, está presente em todo lugar em todo tempo e em todo milionésimo de segundo da existência de toda criatura. Quer saber a direção da sua vida? Pergunte a Ele! Caso queira falar comigo ligue (16) 9198-0167 ou mande um e-mail: djalma.evang@gmail.com e terei um enorme prazer em compartilhar as bênçãos de Deus. Deus os abençoe!