sábado, 31 de janeiro de 2015

CRISTIANISMO JUDAICO



Eis que farei aos da sinagoga de Satanás, aos que se dizem judeus, e não o são, mas mentem, eis que farei que venham, e adorem prostrados aos teus pés, e saibam que eu te amo. Apocalipse 3:9

Conheço a tua tribulação e a tua pobreza {mas tu és rico}, e a blasfêmia dos que dizem ser judeus, e não o são, porém são sinagoga de Satanás. Apocalipse 2:9

Há uma forte tendência na igreja cristã moderna ao judaísmo. O judaísmo sempre guardou uma forte semente humanista. Grande parte de suas crenças reflete a lei da causa e efeito, Deus abençoa condicionalmente seus fiéis, em contrapartida, os fiéis obtêm de Deus favores em compensação às suas boas obras. Paulo contesta esta crença conforme podemos ver: Que diremos, pois? Há injustiça da parte de Deus? De modo nenhum.Porque diz a Moisés: Terei misericórdia de quem me aprouver ter misericórdia, e terei compaixão de quem me aprouver ter compaixão. Assim, pois, isto não depende do que quer, nem do que corre, mas de Deus que usa de misericórdia. Pois diz a Escritura a Faraó: Para isto mesmo te levantei: para em ti mostrar o meu poder, e para que seja anunciado o meu nome em toda a terra. Portanto, tem misericórdia de quem quer, e a quem quer endurece. Dir-me-ás então. Por que se queixa ele ainda? Pois, quem resiste à sua vontade? Mas, ó homem, quem és tu, que a Deus replicas? Porventura a coisa formada dirá ao que a formou: Por que me fizeste assim? Ou não tem o oleiro poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um vaso para uso honroso e outro para uso desonroso? E que direis, se Deus, querendo mostrar a sua ira, e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita paciência os vasos da ira, preparados para a perdição; para que também desse a conhecer as riquezas da sua glória nos vasos de misericórdia, que de antemão preparou para a glória,
os quais somos nós, a quem também chamou, não só dentre os judeus, mas também dentre os gentios? Romanos 9:14-24. Portanto, Deus não age segundo os conceitos do judaísmo, compensando os bons e castigando os maus. Deus trata a cada um segundo seus planos eternos, como o oleiro da criação e que exerce seu direito sobre Sua obra. Muitos cristãos vivem repetindo os princípios da wicca (crença pagã milenar, bruxaria), sem saber do que se trata. Segundo eles só existem duas leis: a lei do retorno (tudo o que você faz tem retorno, causa e efeito) e a lei do amor que dura até que acabe. Então este negócio de colheita obrigatória tem aí sua origem. Sei que Tiago escreveu "o que homem semear isto também ceifará", porém a bíblia fala muito mais sobre o assunto, inclusive o texto de Paulo citado acima. Antes de fazer afirmações procure fortalecer sua ideia na bíblia toda e não apenas em alguns versículos isolados.
Além desta influência da ação reação as igrejas estão partindo para o cerimonialismo judaico, o uso do chofar que, diga-se de passagem, só poderia ser usados pelos levitas uma vez que fazia parte do serviço sagrado, e como já esclareci sobre ser levita, nada tem a ver com ser músico cristão ou outra função qualquer em igrejas cristãs. Ser levita requer do mesmo que tenha hereditariedade (seja da família de Levi). Isto é tão sério pro judeu que hoje em dia eles fazem inúmeros testes entre os judeus para comprovar esta hereditariedade pois estes são separados para o serviço no templo, tão logo o reedifiquem.
Fazem festas religiosas judaicas como os tabernáculos, pessach, primícias, uso de arcas da aliança, etc. É unção pra tudo o que se faz, é consagração disso e daquilo como se estas cerimônias tornassem as coisas mais santas. Estas ideias são tão sem propósitos que em certo concílio a igreja católica que faz uso da água benta (outra prática oriunda do paganismo) chegou a discutir se uma mosca que era impura caísse na água benta, a água ficaria impura ou a mosca ficaria santa. O cristianismo nada tem a ver com estas ideias pagãs e nem mesmo com o judaísmo. As igrejas que se dizem apostólicas são as que mais se rendem a estas práticas apesar de serem os apóstolos contrários a estas práticas. Grande parte do trabalho de Paulo foi combater a religiosidade judaica e por isto foi aprisionado e acusado por eles de ser contra os judeus. "E, havendo-os saudado, contou-lhes por miúdo o que por seu ministério Deus fizera entre os gentios.E, ouvindo-o eles, glorificaram ao Senhor, e disseram-lhe: Bem vês, irmão, quantos milhares de judeus há que creem, e todos são zeladores da lei. E já acerca de ti foram informados de que ensinas todos os judeus que estão entre os gentios a apartarem-se de Moisés, dizendo que não devem circuncidar seus filhos, nem andar segundo o costume da lei. Atos 21:19-21. Era verdade, Paulo realmente ensinava isso: "Estai, pois, firmes na liberdade com que Cristo nos libertou, e não torneis a colocar-vos debaixo do jugo da servidão.Eis que eu, Paulo, vos digo que, se vos deixardes circuncidar, Cristo de nada vos aproveitará. E de novo protesto a todo o homem, que se deixa circuncidar, que está obrigado a guardar toda a lei. Separados estais de Cristo, vós os que vos justificais pela lei; da graça tendes caído. Porque nós pelo Espírito da fé aguardamos a esperança da justiça. Porque em Jesus Cristo nem a circuncisão nem a incircuncisão tem valor algum; mas sim a fé que opera pelo amor. Gálatas 5:1-6. Dentre os cristãos havia um grupo que a teologia chamou de judaizantes formado por pessoas que criam que os cristãos eram só mais uma seita do judaísmo. Isto se deu logo no início da igreja cristã, ainda no tempo dos apóstolos. Os cristãos de Jerusalém chegaram a um número muito elevado e a liderança judaica os aceita como uma seita do judaísmo, portanto, os primeiros cristãos eram institucionalmente judeus. Mas Jesus já os havia advertido que não seria assim, que eles os mataria e julgariam estar prestando serviço a Deus e Paulo foi um desses que se levantou para perseguir os cristãos julgando estar servindo a Deus. Ao se converter Paulo entende que ser cristão não é ser judeu, não é seguir leis e rituais, então afirmou: "Nós somos judeus por natureza, e não pecadores dentre os gentios.Sabendo que o homem não é justificado pelas obras da lei, mas pela fé em Jesus Cristo, temos também crido em Jesus Cristo, para sermos justificados pela fé em Cristo, e não pelas obras da lei; porquanto pelas obras da lei nenhuma carne será justificada. Pois, se nós, que procuramos ser justificados em Cristo, nós mesmos também somos achados pecadores, é porventura Cristo ministro do pecado? De maneira nenhuma. Porque, se torno a edificar aquilo que destruí, constituo-me a mim mesmo transgressor. Porque eu, pela lei, estou morto para a lei, para viver para Deus. Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a pela fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim. Não aniquilo a graça de Deus; porque, se a justiça provém da lei, segue-se que Cristo morreu debalde. Gálatas 2:15-21.
Cristianismo nada tem a ver com cerimonialismo e sim com vida, com aquilo que vivenciamos no dia a dia, no perfume de Cristo que exala daquele que está n'Ele. É ser carta viva, reconhecida por onde quer que andemos, manisfestando a presença do Espírito de Deus em nós. É amor em exercício constante, mesmo em meio às fraquezas humanas que nos dominam. É menos julgamento baseado em nossas justiças e mais amor baseado na misericórdia de Deus e na presença amorosa de Cristo em nós. É preciso prestar atenção, a advertência de Apocalipse é séria. Não somos judeus para vivermos nestas práticas, somos cristãos, vivamos como tal e assim glorificaremos a Deus. Quem tem ouvidos ouça.

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